Estou lendo Mais uma vez, do Tony Parsons.
Estou ainda no capítulo 11, mas gostaria de escrever algumas coisas, pra não esquecer depois. Primeiro que eu me surpreendi com o Tony Parsons. Porque ele fala de perda, mas não dá aquele tom triste que chega a ser insuportável, como em alguns livros. É como se, mesmo que o personagem - Alfie - não pareça ter esperança, ela sempre está lá. Uma coisa que eu gostei muito: o Alfie é professor de inglês! (E, by the way, eu faço letras, e quero ensinar inglês também!). Eu tive uma experiência meio frustrante com o ensino ano passado (por não saber ensinar direito), e me senti motivada com a pequena demonstração de esperança do Alfie no seu novo trabalho. E mais: esse é um livro que às vezes você precisa parar e pensar sobre o que acabou de ler. Por exemplo, agora. No fim do capítulo 10, o Alfie diz:
- Ninguém quer dar um passo pro lado e abrir caminho pra geração seguinte. Todo mundo quer uma segunda chance. Acho uma afronta ao passado. Toda vez que alguém começa de novo, parece que nada daquilo que foi vivido antes tem algum valor, entende? O passado é triturado numa daquelas máquinas de escritório. Quem acha que tem um número ilimitado de oportunidades pra acertar não vai acertar nunca. Nem mesmo uma única vez. Porque essas tentativas constantes transformam a melhor coisa do mundo, que é o amor, numa coisa descartável. Numa espécie de fast-food.
Preciso pensar mais sobre isso.
Quando tiver algum tipo de resposta, ou quando tiver algo mais pra falar sobre o livro, edito aqui.
Outra coisa fascinante no livro: várias menções a Frank Sinatra, como a trilha sonora perfeita. Então, acompanho:
M.
Não me esqueça - Julie Soto
Há um dia
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